Pelo tom original, de vestuário sempre impecável, penteado e aprumado até aos limites do cuidado corpóreo que evidenciava uma vaidade discreta - quanta felicidade em nos olharmos ao espelho quando o nosso rosto reflecte harmonia e equilíbrio!
Pela suavidade na educação e trato, pela palavra rigorosa e simples, pela esperança em que acreditavas e na alegria com que te propunhas viver!
Pela preocupação em desvendar e atenuar a dor do semelhante que ultimamente cultivavas (porque sei que acreditavas nisso de consciência plena de tranquilidade), pela dança de que tanto gostavas, pelo recordar do Instituto, pela ironia com que te premiei na crónica que escrevi sobre o nosso encontro no Fundão - Crónicas das Termas Anunciadas -
… Há quem, em contraponto, se tenha dedicado ao estudo e descoberta de remédios miraculosos (que não água termal) para os excessos cometidos pelos colegas nestes encontros e os salve de uma potencial “caganeira”... (desde já, agradecido, Dr. Artur Matos – espero um destes dias fazer-te uma visita de cortesia, para consulta preventiva...)
Repousa, Artur Matos, na eternidade de uma poeira cósmica, que me acaricie na brisa suave do fim de tarde, que me venha relembrar que existes!
À Esmeralda Brunhido um beijinho de todos nós
