segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CRÓNICA DAS TERMAS ANUNCIADAS

Encontro de 2008 – S- Pedro do Sul

Pois é, caros colegas, este encontro foi uma viagem ao futuro (que para alguns já é presente), uma verdadeira fonte de rejuvenismento, da aprendizagem da arte de bem comer e beber e da (potencial) recuperação física do corpo e da alma (sim, porque a alma também tem corpo?!), através de banhos (paradisíacos?!) naquelas águas sulfídricas, e porque não dizê-lo, pútridas e mal-cheirosas (felicidade a quanto obrigas). Para alguns, o simples lavar de mãos naquele líquido cavernoso, operou verdadeiros milagres (há saída do Hotel, reparei que nos cestos do lixo, “jaziam”, inertes, enxertos ortopédicos, próteses dentárias, muletas e quejandos, de modo que as bagageiras dos colegas estavam repletas de tudo quanto era cremes, sabões, champôs, e quejandos... Tudo a bem de uma potencial juventude e quiçá imortalidade!

E como estão transmudados os meus colegas desde a última jornada: O janota do Fernando Matos apareceu vestindo umas calças brancas e camisola vermelha, calçando uns sapatos vermelhos (a condizer) e meias de descanso (uns colegas afirmavam que eram de vidro, mas para mim são detalhes despiciendos, porque o importante é que trajava meias), para gáudio dos benfiquistas (e porque não dos sportinguistas), tendo em conta aquele equipamento original (com o detalhe das chuteiras vermelhas, “JC”! Este “JC” intriga-me até hoje!). Outro, optou pelo retiro espiritual e venerando cada vez mais Baco e os prazeres desmedidos da solene gastronomia, converteu-se no “Buda Amazonas” (na forma e no conteúdo) que uns quantos seguidores idolatram e veneram! Há quem, em contraponto, se tenha dedicado ao estudo e descoberta de remédios miraculosos (que não água termal) para os excessos cometidos pelos colegas nestes encontros e os salve de uma potencial “caganeira”... (desde já, agradecido, Dr. Artur Matos – espero um destes dias fazer-te uma visita de cortesia, para consulta preventiva...). Outros há, que devido ao seu constante dinamismo (hoje, estas pessoas são denominadas hiper-activas), nas “horas mortas” (nunca compreendi bem esta expressão) se dedicam à “jogatana”, designadamente ao bilhar e que não contentes com o seu desempenho (ouvi dizer, que de uma mediocridade a roçar o péssimo, mas que se julgam campeões) me ousam convidar para um duelo, a mim, um ex-profissional (com provas dadas) e formado em Academia ainda por inventar – um recado ao Cachiço: vai treinando meu filho, vai treinando, que só pela forma como colocas as mãos no copo do uísque (aí sim, um dinamismo sem precedentes) demonstras que não tens qualquer perfil de homem do taco – como ousas desafiar-me, a mim, um campeão de vitórias inquestionáveis no Mundo e arredores? Não posso ainda deixar de referir, o progresso de algumas colegas na dança: elas inventam passos, volteiam arrebatoras ao ritmo da música, domesticam o seu parceiro a bel-prazer (possivelmente, como consequência directa dos efeitos regeneradores dos auspiciosos banhos termais), enquanto outras continuam cada vez mais agarradas às cadeiras da contemplação...

E, sinceramente, valeu a pena “contemplar” aquele “tocador”, que se apresentou discretamente como um trovador tipo “Tom Jobim”, mas que depressa se confundia (e nos confundiu) nos passes de viras, merengues, sambas, tangos, valsas (e sei lá mais o quê), acompanhado pelo assessor “desdentado” mas de bom humor: Não fora a pronta intervenção do nosso colega (não me recordo do nome) na percussão e não se teria iniciado o baile... Bem hajas, Vasconcelos, pela escolha do dueto inenarrável! (O vocalista, no fim, até já perorava de tanta felicidade, pois nunca tinha tido semelhante plateia!)

Mas, pese a música “afinada”, (adequada, sem sombra de dúvida, ao desempenho dos dançarinos), uma palavra de agradecimento pela organização do evento ao Vasconcelos – Tudo estava no seu lugar, no momento e ritmo certo, na hora oportuna! O nosso colega, sempre discreto (como é seu timbre), com um lápis (possivelmente seria uma caneta,) e um simples papel, controlou todo o processo com uma eficácia (ainda não consagrada nos manuais de Finanças/Planeamento e Controlo) de fazer inveja! E tudo no silêncio dos Deuses!

Antecipadamente, tinham-me referido que o rapaz não dominava a informática, mas desta forma tão sublime e desenvolta, para que precisa de computadores? Para que necessitava dos restantes organizadores (os irmãos Couto – alguém os viu na assessoria)? Estes, possivelmente, por se julgarem inúteis, auto excluiram-se das tarefas...O Victor Couto, ainda o vislumbrei na “assessoria” ao Buda, enquanto a irmã não parava de indagar onde eram as fontes da água termal...

Bem, para o ano, a organização do encontro está ao cargo da Adelina e do Artur Matos, com a assessoria (?!) deste subscritor (mais uma vez), e que à partida ocorrerá no Fundão. Até lá,

Um abraço, João Carlos Aleixo

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